sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

"Tô indo agora pr'um lugar todinho meu..."

Minha gente, estou indo passar o carnaval num pedaço vivo de terra e mar conhecido como Saco da Velha, em Paraty - RJ. Eu pertenço a cada centímetro daquele lugar...
Abraços!

PS: nesse carnaval, tentem pensar um pouco antes de qualquer decisão. Não custa nada e evita "ressacas"... (tem gente nessa há anos!)

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Em tempos de violência...

É curioso como, após anos na profissão, determinados profissionais simplesemente esquecem a importância e alcance de suas iniciativas e opiniões. Em se tratando de pessoas públicas e relacionadas a meios de comunicação de massa, o fato é ainda mais espantoso.
Recentemente, um colunista social do jornal O Globo relatou em tom leve e descontraído o fato de uma tabacaria do rio estar trabalhando com papel de seda de aromas variados, que ajudariam a dissimular o odor da maconha do ambiente...
Ele deve achar que o consumo da maconha é uma coisa que pode ser relatada num veículo de massa da mesma forma que se fala do consumo da cerveja. São coisas bastante diferentes. No aspecto científico, a cerveja não causa o mesmo grau de dependência ou de dano cerebral que a maconha. Também não causa impotência, como a erva o faz. Sob o aspecto legal, bebidas como a cerveja podem ser adquiridas em qualquer departamento comercial, havendo certo controle para evitar-se o consumo por menores de idade. A maconha só pode ser adquirida em bocas de fumo ou junto a usuários "pesados", que possuem sua própria criação da erva no fundo do quintal. O preço dessa é ainda muito superior ao de bebidas, portanto seu consumo por classes menos prestigiadas leva invariavelmente à criminalidade.
Estimular o consumo da maconha é instigar o indivíduo de forma irresponsável a utilizar um produto que está diretamente ligado ao tráfico de drogas, que por sua vez é responsável por mais de 80% dos casos de homicídios urbanos (sem contar com usuários que, na impossibilidade de sustentar o vício, passam a roubar, até dentro da própria casa, para adquirir a droga).
Parabéns, pela iniciativa, sr. Jornalista! A sociedade agradece a louvável contribuição para o quadro atual de estabilidade e progresso de nossa nação!

Para os não-iniciados: no último parágrafo, fiz uso de um recurso lingüístico conhecido como ironia...

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Cerveja Racista

Alguém já notou o preconceito racial implícito no comercial da cerveja "Sol"? Se não existe preconceito naquela campanha, como é que se explicaria o fato de o único negro no comercial ser vendedor ambulante? Não só não há outro negro no comercial, como também há pouquíssimas pessoas que não sejam loiras... O departamtento publicitário da cerveja pode até tentar se justificar com algo do tipo "a cor básica da marca é amarela, por isso a cor do cabelo das pessoas loiras combina com o produto"...
Você engoliria essa? Nem eu!

PS: Esqueci de falar do papel da mulher como "aperitivo de cerveja". Mas isso parece não importar muito... pros homens!

sábado, 10 de fevereiro de 2007

Paz... maceira!

Mais um crime, mais revolta. A sociedade inconsolável sentada em seus sofás, com a boca aberta para mais uma garfada em frente à caixa de fazer maluco, engasga com a notícia sobre o pobre menino.
Realmente lamento e posso dizer que faço idéia da dor inconsolável e ódio dos pais, amigos e parentes, pois passei por fatos semelhantes em minha vida. Se for constatado que os moleques (moleques sim, porque não passam dos 21 anos...) não estavam drogados e que arrastaram João conscientemente, junto me à massa e sou também a favor de uma punição mais severa do que a lei dos homens oferece.
Mas convenhamos: o que um bando de dondocas de ipanema, vestindo seus poodles de bonezinhos e camisetinhas brancas com os dizeres "basta" e "paz" pelo calçadão de ipanema está contribuindo para reverter a situação de barbárie urbana? Sinceramente, seriam mais úteis se ficassem em casa gemendo indignadas para a empregada "Onde nós estamos?"...
Tenho certeza de que os criminosos, apesar de tudo que já é sabido sobre o crime, não sairam de casa na intenção de roubar um carro para arrastar uma criança. Acredito que a intenção do roubo existiu, não podendo afirmar que destino teria o valor arrecadado com a revenda ou desmonte do mesmo. Drogas? Remédios pra mãe? Bermudão da Ciclone? Não importa! O que importa é que estes mesmos jovens poderiam estar usando drogas, comprando remédio ou roupas de marca se tivessem uma estrutura familiar adequada. Se tivessem uma educação adequada, estariam no mínimo conciliando uma universidade com um estágio remunerado. E o carro de João teria passado pelo mesmo local, e até cruzado com esses jovens, mas numa realidade completamente diferente. E porque as coisas não são assim? Porque essa realidade parece tão distante? Perguntem aos nossos governantes. Perguntem aos deputados, senadores, juízes, empresários egoístas e toda a corja de ratos que vivem numa redoma de luxo, olhando para o próprio umbigo e fazendo planos como se vivessem na Suíça. A população é só uma massa imbecil de manobra; um bando de infelizes se devorando uns aos outros num reality show de horror e desespero. É um povo bunda que fica se queixando em voz baixa nas filas dos mercados, que fala muito e pouco age. Há motivo para os poderosos temerem uma guerra civil? Seria o primeiro exército de poodles e dondocas no planeta!
E que venha a copa de 2010!!! "Eu... sou brasileiro... com muito orgulho... com muito amor..." Tá...

Sonhos de infância

Dia desses lembrei de quando tinha 12 anos e voltava da escola, no comecinho da noite. George Michael era (eu disse era) meu ícone de masculinidade. Eu queria ser o andarilho errante e apaixonado das calçadas escuras do meu quarteirão. Sonhava um dia voltar pra casa sobre uma bicicleta aro '26, de óculos escuros, casaco preto e com "father figure" me embalando no walkman. Naquela época eu voltava pra casa com uma amiguinha. Daniele Salgado. Ela era um doce! Morena, com uma cicatriz misteriosa e charmosíssima abaixo do olho esquerdo, ela mexia com meus sonhos românticos pueris. Foi com ela que descobri que minha barriga (amiga fiel há 30 anos) não era impecilho para pessoas com profundidade. Certa tarde de verão, voltando pra casa sem vontade de chegar, ela me disse, ao se despedir de mim "Gosto muito de voltar pra casa com você!".
Me apaixonei!!!

PS: recentemente baixei "father figure"... eu sei que vi os óculos escuros em algum lugar!

Pearl Jam

" Oh where, oh where can my baby be?
The Lord took her away from me.
She's gone to heaven, so I've got to be good,
So I can see my baby when I leave this world."

"Brotheres"

Jurei a mim mesmo que jamais dedicaria um centímetro virtual deste espaço pra falar do B³. Mas qual seria a intenção do apresentador das chamadas rápidas (o de rímel e brilho) ao chamar os participantes pela alcunha (Sic)"brotheres"?!?! É maravilhosa essa capacidade lingüística do brasileiro... Tudo bem - substantivos estrangeiros abrasileirados são meus conhecidos desde as aulas com D. Eny Gloria (Que Deus a Tenha... ou ela a Deus - não sei quem veio primeiro!) no MV1. Já dizia a cenozóica professora "o correto é caratê! Não existe 'K' na língua brasileira". Ok... Mas aplicar o plural numa palavra estrangeira crua? Não tenho coragem de pedir dois hot-dogues na barraca do tio!
Vai entender...

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Epilepsia

Amo uma mulher epilética. Desde que saiu de um coma induzido causado por uma encefalite viral minha noiva desenvolveu epilepsia. Até o momento suas crises não apresentam padrão ou freqüência definidos. A mais comum começa com ela ficando estática. Em seguida sua pálpebra esquerda começa a tremer. Depois o tremor começa com os braços. a cabeça vai aos poucos se revirando para a esquerda, as mãos se fecham (às vezes segurando objetos, cuja retirada de suas mãos é quase impossível!) e os olhos se reviram levemente. As pernas também se contraem e apresenta bastante salivação; enfim, é como se a cada crise nos estivéssemos lidando com a morte.
Fatores como estresse, má alimentação ou má qualidade do sono influem nas crises, mas não as determinam. Ela pode ter convulsões no momento em que está lendo o jornal ou se alimentando...
Alerto a todos que tudo começou com um quadro de febre. Ela usou paracetamol durante cerca de 3 dias, mas a febre não diminuiu (girava entre 38 e 40 graus). Em seguida apresentou apatia e falta de apetite. Depois desmaios e desorientação. Aconselho a todas as pessoas que, em caso de sintomas semelhantes PROCUREM UM MÉDICO NO MESMO INSTANTE!!! É melhor ser chamado de hipocondríaco do que ter que sofrer tudo que ela e nós estamos sofrendo! Não há um dia em que eu não deseje ter voltado no tempo sabendo que a feber daquele primeiro dia não era uma simples gripe...
E é só.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

O que é a idade?

Outro dia, sentado à mesa com minha mãe e brincando com os talheres ao final do jantar, comentei que não me sentia com 30 anos. E ela me respondeu o seguinte:

"Eu não me sinto com 50. Aliás, eu nem lembro da minha idade. Tem horas que eu tenho 15, 20, 100 anos. Tudo depende do momento. O espelho me diz uma coisa, mas eu não concordo com o espelho. Eu não tenho idade!"

É por aí...

Abraços!

sábado, 3 de fevereiro de 2007

E no começo...

Olá. Se você caiu nesse blog por acidente, fique tranquilo. Não estou cobrando pelos acessos (por enquanto).
Que fique claro desde já que a interpretação de toda e qualquer informação postada neste blog é de inteira responsabilidade do internauta e depende diretamente de todo (ou algum) conhecimento de mundo (ou bagagem cultural) de cada leitor.
Na impossibilidade de freqüentar um psicanalista ou psicólogo, regurgitarei neste espaço virtual toda minha carga emocional, inseguranças, conhecimentos e experiências nas mais diversas áreas em que o conhecimento humano está segmentado - ou seja - do onanismo ao turismo.
Boa viagem!

André.